segunda-feira, 28 de agosto de 2017

«O humano ganhara o meu coração»





«As minhas palavras soavam-lhes diferentes de tudo o que lhes fora ensinado. Ninguém antes lhes falara assim. Talvez porque eu falava de um projeto de vida eterna, de vida com abundância, de vida nova, de espírito diferente, enfim, de um homem novo a construir.

Anunciava-lhes um tempo que se aproximava. Era o tempo de uma nova humanidade toda a manifestar um mundo de criações, dividindo os seus talentos por muitos. Transportava o Espírito no meu corpo. O humano ganhara o meu coração. Tão próximo deles, de cada um deles. Eles viam esse reino novo com uma grande visibilidade embora dependente de um real demasiado sensível.»

Teresa Ferrer Passos, Jesus até ao fundo do coração, Chiado, 2016, pág.26.

     Ao longo das páginas do livro Jesus até ao fundo do coração, livro que publiquei nos fins de 2016, fui interpelando Jesus Cristo, obsessivamente, à medida que escrevia, essa aventura tão grande como poder saber se Lhe agradou...
T.F.P. (frase inserida na minha Página do Facebook)


quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Os males do mundo e Deus


Tragédia na Madeira: Árvore centenária cai sobre multidão que comprava velas para a festa do Dia da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, matando 13 pessoas e fazendo 50 feridos



1. Deus não tem a ver com a morte e o sofrimento neste mundo, porque como disse Jesus, "o meu reino não é deste mundo", porque se fosse, "teria a defendê-lo batalhões de anjos". Deixou-se prender, julgar e condenar à morte, sem obstar a essa actuação humana, porque Ele não era deste mundo, mas viera para salvar o Homem da vida finita deste mundo, a quem ele oferecia uma outra vida e uma "vida em abundância", ou seja, sem o limite da morte do mundo material.

2. Deus é o Incognoscível pelo atributo de ser transcendental, ou seja, Aquilo/Aquele que nos transcende. Assim, não se equipara a ovnis, signos, Júpiteres ou afins. A existência de todo o Universo, em que nós nos incluímos, é um mistério tão profundo quenão podemos nomear a sua Origem (os judeus - Moisés - diziam que Deus é, simplesmente, AQUELE QUE É, ou seja, sem definição vocabular com significado). Nada se pode saber nada dessa Origem Primordial por estar para além das capacidades cognitivas do Homem. Só quem é cristão, acredita que Jesus Cristo é esse Deus com uma encarnação humana porque quis resgatar a humanidade do mal em que caiu e dar-lhe a oportunidade de a levar, após a morte, para a Casa do Bem Eterno d'AQUELE QUE É.

Teresa Ferrer Passos

(Duas postagens-comentário a António Costa Santos no Facebook em 16/8/2017)

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Aparições de Maria



Em cada imagem, há um sentido
próprio, inviolavelmente belo.
A imagem pronta para os olhos ávidos
de coisas, coisas sensíveis,
tão em si mesmas visíveis.
E a imagem é a Senhora
mais luminosa do que o Sol.
Viram os mais pequeninos.

Que força possuiu Maria, a descer do céu!
Que impetuosa ascensão para a Sua morada!
Que imagens a maravilhá-los…
Apareceu Maria, como uma estrela intensa,
distante, cheia de proximidade.
Que sensação vê-la ali, quase ao lado deles,
a transcendê-los e igual à sua imanência!

Oh Aparição de Maria, nesses dias 13
do ano de 1917!
Senhora, cercada de relâmpagos de luz e,
ao mesmo tempo, com palavras iluminadas de fé,
uma fé visível,
tão visível de significados
como sentiram os olhos das crianças.

Oh imagem bela e perfumada! Oh Maria!
Apareceste como qualquer outra mulher,
apareceste como qualquer outra mãe.
Imagem de Maria a aparecer 
para a conhecerem os mais simples do mundo,
para a conhecerem, em primeiro lugar, as crianças.
E, precisamente, conheceram-na,
de viva voz e com os seus próprios olhos,
tão cheios de espanto!

Dia da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, 15 de Agosto de 2017

                                      Teresa Ferrer Passos

sábado, 12 de agosto de 2017

Um poema de Miguel Torga


Hoje, dia 12 de Agosto, lembramos o 110º aniversário do nascimento do Poeta e Ficcionista Miguel Torga (pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha). Aqui deixamos o seu poema intitulado «Depoimento», datado de Coimbra, 15 de Fevereiro de 1981:

«De seguro,
Posso apenas dizer que havia um muro
E que foi contra ele que arremeti
A vida inteira.
Não. Nunca o contornei.
Nunca tentei
Ultrapassá-lo de qualquer maneira.

A honra era lutar
Sem esperança de vencer,
E lutei ferozmente noite e dia,
Apesar de saber
Que quanto mais lutava mais perdia
E mais funda sentia
A dor de me perder.»

In Diário, XIII volume, Coimbra, 1983, pág.163.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Há 69 anos...

       Há 69 anos nascia uma menina que se chamaria Teresa, filha de Natércia, a mulher que tanto desejou o seu nascimento!
       Aqui deixo duas fotos, uma com quatro meses, outra com quatro anos e sua mãe.
     

Junto um poema de meu marido, oferecido hoje:

JANEIRO E AGOSTO

Abriste uma porta dentro do meu ser
Por onde eu saí ao teu encontro.

Pegaste-me na mão
E fizeste-me subir a longa escadaria
Que vai do inverno até ao verão,
Que vai da noite até ao dia,
Que vai da tristeza à alegria,
Que vai do pensamento ao coração.

Eu vinha do frio agreste de Janeiro
E subo ainda
Seguindo cada linha do teu rosto ─
Mapa da promessa linda
Da plenitude de luz do teu Agosto.

9/8/2017
                   Fernando Henrique de Passos