terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Construir um mundo novo, a Paz

Mosteiro de Sabá, no deserto da Judeia junto ao Mar Morto

       Na aridez da pedra, entre as areias sulcadas de vento tórrido, elevavam-se vidas, casas e um templo. O círculo da cúpula do templo lembra a fraternidade. E a seiva leve das areias escorre ainda nas suas firmes paredes.  A memória é a paz. Tudo crescia para que um pequeno mundo novo se formasse. Mesmo num seco deserto que emudecia as vozes de louvor, que só ali se escutavam.
                                                           Teresa Ferrer Passos

Que o Novo Ano de 2014 saiba viver com pouco,
mas saiba viver na PAZ.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Fraternidade no mundo



«A família é a fonte de toda a fraternidade, sendo por isso mesmo também o fundamento e o caminho primário para a paz, já que, por vocação, deveria contagiar o mundo com o seu amor.»

(8/12/2013)

                 Papa Francisco (Mensagem para o Dia Mundial da Paz a 1 de Janeiro de 2014)

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Alma aberta aos irmãos

Papa Francisco na  Missa do Galo  (Basílica de S. Pedro em Roma)


       «A nossa alma está aberta ou a nossa alma está fechada e mete na porta um cartão a dizer não incomodar?»

       «Que a nossa alma esteja sempre aberta ao que Jesus nos pede»

       «Se o nosso coração se fecha, se prevalece em nós o orgulho, a mentira, a busca do próprio interesse, então calam as trevas dentro de nós e à nossa volta»
                         
                                                  Palavras do Papa Francisco
                                            neste seu 1º Natal no Vaticano

sábado, 14 de dezembro de 2013

NATAL 2013


NATAL DE JESUS CRISTO
 em Belém na Judeia


«A Palavra fez-se pessoa e veio habitar no meio de nós».



«Ninguém jamais viu a Deus:
O Filho Único, 
que está no seio do Pai
é que O deu a conhecer»
Jo 1,18


Árvore de Natal no Vaticano sob o Pontificado de Francisco



«Não tenhas medo Maria, pois achaste graça diante de Deus. Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo»

                            Lc 1, 30-31



As origens do Natal


          «Que cansaço estar sempre aqui em cima
          – Os seres humanos parecem-me formigas,
          As formigas parecem-me micróbios,
          E não tenho amigos nem amigas.

          Gostava de poder brincar –
          Às escondidas, por exemplo.
          Ninguém me ia encontrar
          Se me escondesse no meu Templo!

          Gostava de não ser omnipotente –
          Ter de pedir que me levassem pela mão
          A ver o sol poente
          No final de uma tarde de Verão.

          Gostava sobretudo de ter mãe –
          Que me passasse a mão pelos cabelos com meiguice,
          Mas que me ralhasse também
          Se eu fizesse uma tolice.

          Gostava de não ser omnisciente –
          Não conhecer o meu destino
          E só saber que tinha de ir em frente.»

          … E assim Deus se fez menino.

6/12/2013

                                       Fernando Henrique de Passos








Da palavra e Boa Nova

                                                «ex toto corde», ao caso e à causa do Papa Francisco
                   de todo o coração, ao Tobias Pinheiro

I

Langue é terra, e a matéria,
Sangra Amor no coração,
E eu vejo, em Sal etérea,
Rosa, alor e São João.

Langue é a carne, e langue o mundo,
Eis a pena e eis a espada,
E aqui eis, em Clarimundo,
Rosa em Deus, crucificada.

Que há um Menino, em bandolim,
Que é sagrado e é secreto:
É criança de jasmim,
O divino Paracleto.

II

Quando o pranto é sol e si
E o Espírito é o Santo,
Quem és Tu, que vens aqui
Numa Rosa de amaranto?

Na resposta, Ela relata
A Ideia. É Luz? É lis?
Numa Cruz, em «Maran Atha»,
O São Francisco de Assis.
              
                                           Queluz, 05/ 12/ 2013

MISERANDO ATQUE ELIGENDO

                               Paulo Jorge Brito e Abreu


P. S.: Por respeito para com o leitor, indicamos, aqui, uma coincidência significativa: «Rosa Perfeita, em Deus crucificada» é um verso da Autoria de Fernando Pessoa, in «No túmulo de Christian Rosencreutz»...........







UM PRESÉPIO NA CIDADE







Na aridez do deserto



«No caminho da ressurreição, tomei a minha cruz. Foi quando nasci. Era um curral despegado da casa. Uma subida em ziguezague lembrou-me a serpente. E enredei-me naquele paraíso perdido. Estava perto do deserto e da sua inocência. Era um estábulo de animais. O cheiro fez-me chorar, mas eu nascia sem medo do choro. Buscava, assim, a luz para a oferecer ao mundo. Tinha pressa, não podia deixar órfã uma nova criação. Só a luz que me conduzia cortaria as esparsas sombras, além dos desertos. Assim, nasci. Era um caminho fora dos muros da cidade. E o susto aflitivo de Maria envolveu-me numa lágrima larga como o mar que a alagava. Então, sustendo a respiração, o seu regaço maternal abraçou-me. Pelo postigo, lembrou-se da luz da madrugada. Era eu, o menino a quem chamaria Jesus. Dentro da alegria, Maria cobria-me com as palhas onde se aquecia o cordeiro e uma pequenina réstia de noite a cair naquela madrugada enregelada e à espreita de um nascer do sol. Neste improvável pensamento de antes, senti o madeiro a escorregar-me das mãos e a seguir atrás dos meus braços frágeis e das pernas flácidas, com os músculos à solta, a perderem fios de força e sem se conseguirem agarrar aos ossos.»


                                                             Teresa Ferrer Passos
(Do romance inédito, Jesus até ao fundo do seu coração)








Presentes de Natal
  (Pequeno Teatro)

CENA I

Pai:
– Filho, quero de você um presente!
Filho:
– Não enche, velho.

[Mas, naquele Natal o “velho” não ‘encheu’ e o filho não se drogou].


CENA II

Esposa:
         – Amor! Posso lhe pedir um presentinho de Natal?
Esposo:
         – Pode, não!

[Mas, naquele Natal o marido ‘não bebeu’].


Cena III

Neto:
         – Vô, você vai aparecer na Noite de Natal?
Avô:
         – Querido, eu trabalho de Papai Noel...


[Mas, naquele Natal, o “bom velhinho” foi o próprio Vovô].


Cena IV

Namorado:
         – Amor! Neste Natal, adivinha o que eu quero!
Namorada:
         – Sem camisinha, não vai rolar!

[Mas, naquele Natal, fizeram um teste de HIV].


Cena V

Doente:
         – Na Noite de Natal, me dê um sonífero!
Enfermeira:
         – Pode deixar, você vai sonhar com Papai Noel!

[Mas, naquela Noite de Natal, houve confraternização no Hospital].


Cena VI

Assaltante:
         – Criança! Avise lá que o Papai Noel chegou!
Criança:
         – Mãe! Tem um homem lá fora, dizendo que ele é Papai Noel!

[Mas, naquela Noite de Natal, o assaltante virou convidado].


Cena VII

Carcereiro:
         − Indulto de Natal! Feliz Natal!
Preso:
         -- Adeus! Feliz Ano Novo!

[Mas, depois daquele “saidão”, o beneficiário retornou].



                                               Luiz Martins da Silva (Brasil)



NESTE NATAL, MUITA PAZ E AMOR






                        

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Concerto de Natal


Círculo de Espiritualidade e Cultura




     O Círculo de Espiritualidade e Cultura (CEC) é uma Associação Cultural que oferece, aos seus sócios e amigos, uma actualização constante nos temas mais debatidos da actualidade. À 2ª feira, a partir da 17, 30h, há sessões em que pode assistir a palestras, música clássica ou lançamentos de livros. O Padre João Caniço, docente do prestigiado Colégio de S. João de Brito, em Lisboa, é o assistente religioso do Círculo.
     A sua sede fica na Avenida Duque d’Ávila, 26 – 2.º, ao Saldanha, em Lisboa.
     Telefone: 213 530 839.
     Pode ser sócio do CEC (se ainda não o for).


domingo, 8 de dezembro de 2013

No Dia da Imaculada Conceição



«O primeiro milagre de Jesus é, na verdade, um acto em que Sua Mãe orienta, indicando o Seu Filho, numa atitude de protecção e afecto. A alegria do matrimónio não devia sofrer qualquer per­turbação. E Maria interveio, aconselhando os donos da casa. Se precisassem de ajuda, deviam recorrer a seu Filho, que estava afinal ali, tão perto de todos. Por isso, aconselha: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. Como salienta a Irmã Lúcia, eis a frase lapi­dar que indicou à família dos esposos de Caná o que deviam fazer para que aquela união fosse selada pela alegria, sem sombra de tristeza. Levar à confiança em Jesus, foi o objectivo de Sua Mãe.»

        Teresa Ferrer Passos, "Apelos Sacros de Fátima", Revista de Espiritualidade, nº 58, 2007, p. 148.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

MORREU NELSON MANDELA

Morreu Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de Julho de 1918 - Joanesburgo, 5 de Novembro de 2013), o principal representante do movimento anti-apartheid (regime de segregação social) no seu país.
Foi condenado a prisão perpétua (a pena foi suspensa ao fim de 27 anos de prisão, pelas medidas reformistas do Presidente F. de Klerk), por assumir a defesa dos direitos dos negros à igualdade perante a Lei. Prémio Nobel da Paz, Nelson Mandela foi o 1º Presidente negro da África do Sul.



“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”

“Se quiser fazer as pazes com o seu inimigo, você tem que trabalhar com ele. Daí, ele se torna seu parceiro.” 

Nelson Mandela

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Festa da Imaculada Conceição - 8 de Dezembro

Igreja de S. Domingos em Lisboa

No dia 8 de Dezembro, data da Festa da Imaculada Conceição (próximo Domingo), às 15h30, o Coro Santo Inácio vai apresentar, na Igreja de S. Domingos (ao Rossio), a sua última gravação:

O Rosário de Fátima – os vinte mistérios do rosário cantados”.

Trata-se de uma obra em quatro CD - cada um para seu mistério - realizada com a colaboração do organista Sérgio Silva, ao órgão da Igreja de São Francisco de Assis, em Lisboa.

É a primeira vez que se edita em Portugal uma obra no género, em que todo o rosário é cantado.


O Maestro do Coro de Santo Inácio é o Padre João Caniço.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Restauração da Independência

Monumento aos Restauradores da independência, em Lisboa
«E, se a cons­ciência de que o povo poderia ser o sustentáculo de uma Revolução se tornava nítida, a necessidade do braço armado dos nobres se levantar contra a tirania injusta, surgia como uma evidência.

Foi nesta ambiência que, após longas e reflectidas deambulações pelos serenos jardins do seu palácio, D. Antão e outros fidalgos começaram a planear os ca­minhos para a restauração da independência nacio­nal.

Inconformados com a subordinação ao estran­geiro, com a revolta latente nos corações, sentiam-se prontos para concretizar a acção que havia de derru­bar do trono uma soberania cada vez mais detestável.»

Teresa Ferrer Passos, A Restauração de 1640 e D. Antão de Almada, Universitária Editora, 1999, p.24.


***

Independência, hoje?


     Em 1 de Dezembro de 1640, os Portugueses repuseram a dignidade da sua Pátria, abatida pelo poder vergonhoso do estrangeiro dominador.

     Que hoje os nossos governantes não deixem aviltar-se por mais tempo a memória destes nossos antepassados.
     
     Há que reagir a uma submissão que nos silencia em questões de natureza interna, como a dos estaleiros navais de Viana do Castelo. Afinal,  Portugal faz parte de uma União Europeia que respeita as soberanias nacionais de todos os países que a constituem, ou está subordinado a uma União de países que nos emprestam, com juros mais ou menos altos, consoante aceitamos, ou não, as suas ordens sobre resoluções que deveriam respeitar apenas ao governo do Estado português?
     
     Com exigências desta ordem, a soberania nacional corrompe-se e o tecido social de Portugal vai-se desmoronando. Quem o reconstruirá?   

1 de Dezembro de 2013
                                                                   Teresa Ferrer Passos