sábado, 13 de maio de 2017

«Temos Mãe!»



«Temos Mãe! ... Ficaram dentro de uma luz de Deus ... Fátima é este manto de luz que nos cobre quando nos refugiamos sob o manto de Maria ...
Temos Mãe!... Nossa Senhora introduziu-nos no manto de Deus... Quando passamos por uma cruz, Ele já tinha passado por ela...
Sob a proteção de Maria sejamos sentinela da madrugada ... A igreja brilha quando é missionária ... pobre de meios e rica de amor»

     Algumas palavras do Papa Francisco, hoje, na missa da canonização dos pastorinhos, Jacinta e Francisco Marto, as duas primeiras crianças do mundo, proclamadas santas e que não foram mártires.


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«Maria é a suprema obra-prima do Altíssimo, cuja beleza só Ele conhece e reservou para Si.
Maria é a Mãe admirável do Filho que Se compraz em a fazer pequenina e escondida durante a vida, para acrescer a sua humildade, tratando-a pelo nome de mulher, como se fora uma desconhecida, embora no coração a tivesse em maior conta e a amasse mais do que a todos os anjos juntos.
Maria é aquela fonte selada, esposa fiel do Espírito Santo, único que nela pode entrar.
Maria é o santuário e lugar de repouso da Santíssima Trindade»
   Luís Maria de Monfort, Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria, Paulus editora, pp.20-21.


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AMOR E RAZÃO

                            Ao Papa Francisco

O mundo espera-me. O mundo chama-me. Eu penso o mundo.
Tento cartografar o mundo
numa folha de papel milimétrico muito lisa
que me deixou Descartes uns séculos atrás.
Procuro-lhe a ordem. Mas o mundo grita-me:
“A minha ordem é a desordem!”
Procuro-lhe a lei. Mas o mundo grita-me:
“A minha lei é a não-lei!”
Procuro-lhe a lógica. Mas o mundo diz-me:
“Eu sou redondo e a minha lógica
curva-se sobre si mesma como um círculo;
não tentes encontrar princípio ou fim.”
Procuro-lhe a vontade. Sussurra-me ele então:
“Não me desejes nem receies; ama-me
e então a minha vontade será tua
e caminharemos juntos até Deus;
mergulha em mim sem bússola e sem régua,
sem transferidor e sem relógio,
e deixa o teu coração acertar-se pelo bater do meu;
mistura os teus nervos com os meus,
sente o que eu sinto,
vê o que eu vejo,
e nunca mais terás necessidade de pensar,
pois nessa altura conhecerás tudo aquilo
que sempre desejaste conhecer.”

11/5/2017

Fernando Henrique de Passos

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